domingo, 25 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Aos saltimbancos amigos!!!! Sempre bom relembrar...

Todos Juntos Os SaltimbancosComposição: Enriquez - Bardotti - Chico Buarque Uma gata, o que é que tem?- As unhas E a galinha, o que é que tem?- O bico Dito assim, parece até ridículo Um bichinho se assanhar E o jumento, o que é que tem?- As patas E o cachorro, o que é que tem?- Os dentes Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá Junte um bico com dez unhas Quatro patas, trinta dentes E o valente dos valentesAinda vai te respeitar Todos juntos somos fortes Somos flecha e somos arco Todos nós no mesmo barco Não há nada pra temer -Ao meu lado há um amigo Que é preciso proteger Todos juntos somos fortes Não há nada pra temer Uma gata, o que é que é? - Esperta E o jumento, o que é que é?- Paciente Não é grande coisa realmente Prum bichinho se assanhar E o cachorro, o que é que é?- Leal E a galinha, o que é que é?- Teimosa Não parece mesmo grande coisa Vamos ver no que é que dá Esperteza, PaciênciaLealdade, Teimosia E mais dia menos dia A lei da selva vai mudar Todos juntos somos fortes Somos flecha e somos arco Todos nós no mesmo barco Não há nada pra temer - Ao meu lado há um amigo Que é preciso proteger Todos juntos somos fortes Não há nada pra temer E no mundo dizem que são tantos Saltimbancos como somos nós.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Resposta ao descabido

O texto não vem forçado. O texto força. Ele é força e é forjado. Ele dorme primeiro. Se alimenta, depois. Precisa de fazer amor e reabastecer-se. Ele cultiva hortelãs. Ele irrompe, emerge, flutua. Ele fisga. Ele não pertence. Ele co(n)tem. Ele se ata, desata, desatina. O texto tinta tudo de cores ocres. Ele pulsa, desassossega, briga. Lambe e beija molhado. Ele aparece quando bem quer. Escreve carta, entrega, toma. Rasga. Futuca a casa, derrama vinho, incendeia vida. Debruça-se na janela. Estende-se à rua. Depois de feito, pronto se enrijece, envaidece, some. Barro vermelho de espinha-homem. Se mergulhado, o texto força. Se acordado, ele sonha. Se endereçado, multiplica. Se delirante, o texto ama..

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ao tempo deusa

Inversão generosa do tempo em mulher. Mulher devir de vento em crina.... em dançantes piruetas. Assinala outros modos.... modifica temporalidades. Quer crescer e desdobrar-se.... revirar-se.... espreguiçar-se.... Amorosamente: render-se! De renda em renda.... de passo a passo.... imprimir novos ritmos. Musicais compassos. Agenciada pelo vago, fortuita, inteira destina-se aos dissidentes. Conclama os revoltosos. Suscita os anormais. Exclama por toda parte que é chegada aurora rubra. Pode-se incidir sobre antigos regimes: torcê-los! Quebrá-los! Vingá-los! Seu convite - manso feito cosmo e lua – põe a andar e voar cavalgadas oníricas... Não está só. Uma deusa sempre aliança parceria em baile. Todos dançam. Todos querem. Todos desejam. Não se abandonam aos fascistas e despóticos reinados: recusam subjetividades manufaturadas. .... mulheres-devires: vão de poupa em vento! Rompem barreiras rijas como gelo que se derrete. E como água escorrente forjam nascentes, olhos d’água até os lagos e rios mapas. Pode-se navegar por qualquer gota dessas. Os espaços comportam embarcações de todo porte.... de toda arte. Feito papel machê, meu barquinho segue prumo de passarinho-água.... nele cabe desejo cindido, vaporoso... mendigo. De qualquer forma que se segue, se arrebenta rios em cursos. E desses, esvaem-se outros.... outros tempos.... outras formas.... outras fontes. De que fonte nasce o desejo? Senão disso? Baile em vôo?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Carta empoeirada

Para Ruth! Ei amiga,que sucesso!!!!!! Fica-me a "leve impressão de incesto"acho que é porque somos tomados pelas suas palavras. Transformei-me em Joaozinho ao lê-las. Somos joão'S, maria'S e josé'S.... "E agora, José? E agora você? E agora eu?" Toca-me em especial a "vida atrevida e pulsante" fazendo "dilatar as pupilas e rolar sangue em correria". Pra que ninguém se deixe inerte e pobre e longe: Todos "não sabemos, não entendemos". Podemos ficar loucos de "cadeia"s..... Sim! Brindemos as alianças poéticas: talvez elas nos salvem!!!! Quem sabe tornando-nos "viventes desejantes de si". Amei querida. Obrigada. Ah.... claro! cafezim tá de pé.... bjos.