domingo, 25 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Aos saltimbancos amigos!!!! Sempre bom relembrar...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Resposta ao descabido
O texto não vem forçado. O texto força. Ele é força e é forjado. Ele dorme primeiro. Se alimenta, depois. Precisa de fazer amor e reabastecer-se. Ele cultiva hortelãs. Ele irrompe, emerge, flutua. Ele fisga. Ele não pertence. Ele co(n)tem. Ele se ata, desata, desatina. O texto tinta tudo de cores ocres. Ele pulsa, desassossega, briga. Lambe e beija molhado. Ele aparece quando bem quer. Escreve carta, entrega, toma. Rasga. Futuca a casa, derrama vinho, incendeia vida. Debruça-se na janela. Estende-se à rua. Depois de feito, pronto se enrijece, envaidece, some. Barro vermelho de espinha-homem. Se mergulhado, o texto força. Se acordado, ele sonha. Se endereçado, multiplica. Se delirante, o texto ama..
terça-feira, 6 de julho de 2010
Ao tempo deusa
Inversão generosa do tempo em mulher. Mulher devir de vento em crina.... em dançantes piruetas. Assinala outros modos.... modifica temporalidades. Quer crescer e desdobrar-se.... revirar-se.... espreguiçar-se.... Amorosamente: render-se! De renda em renda.... de passo a passo.... imprimir novos ritmos. Musicais compassos. Agenciada pelo vago, fortuita, inteira destina-se aos dissidentes. Conclama os revoltosos. Suscita os anormais. Exclama por toda parte que é chegada aurora rubra. Pode-se incidir sobre antigos regimes: torcê-los! Quebrá-los! Vingá-los! Seu convite - manso feito cosmo e lua – põe a andar e voar cavalgadas oníricas... Não está só. Uma deusa sempre aliança parceria em baile. Todos dançam. Todos querem. Todos desejam. Não se abandonam aos fascistas e despóticos reinados: recusam subjetividades manufaturadas. .... mulheres-devires: vão de poupa em vento! Rompem barreiras rijas como gelo que se derrete. E como água escorrente forjam nascentes, olhos d’água até os lagos e rios mapas. Pode-se navegar por qualquer gota dessas. Os espaços comportam embarcações de todo porte.... de toda arte. Feito papel machê, meu barquinho segue prumo de passarinho-água.... nele cabe desejo cindido, vaporoso... mendigo. De qualquer forma que se segue, se arrebenta rios em cursos. E desses, esvaem-se outros.... outros tempos.... outras formas.... outras fontes. De que fonte nasce o desejo? Senão disso? Baile em vôo?