Naqueles dias, andava rodopiando pensamentos venosos.
Corria em seu sangue, delírios de guerra.
Austera, preocupada, frágil que nem pétala ao vento.
Alcançavam-lhe a mente,
tantos tilintares,
que zuniam seus ares, pelas terras roxas de sol.
Não queria creditar em idéia que não era sua.
Mas a outra, a invadia.
Achou de contar o tempo.
Tempo de vida.
Como se soubesse.
Como se, os números, pudessem traduzir sonhos.
Não, não podem.
Quis sair dali e vaguear... mas o carnaval já havia passado e, a semana, era santa.
Viu-se tão tordoada,
que bradou pedir socorro praqueles que iam ao longe,
seguindo aurora cotidiana.
Pobre. Ninguém a ouvia.
Pensou: já estou morta?
Foi quando, repente, indagando-se sobre o sentido da vida,
pelo avesso do avesso do avesso
resistiu.
E uma voz mansinha disse-lhe sem pressa:
Querida, faça um chá de rosas brancas e camomila.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Rosas brancas e camomila
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As rosas brancas vão sangrar
ResponderExcluirDe ouro vermelho se tingirão
E nem a camomila vai acalmar
O nervo amarelo que cobrirão.