A cada mísera letrinha, esvaneço de sentir. O sentimento não cabe no corpo, nem na alma. Por isso, entrecampos, sai a jorrar água dos olhos. Mas é água do mar que socorre-me a pequeniz. Em teu mar grande, palavras pequenas, escorregam pelos dedos, e, são belas. Perder-se é só um meio de encontrar-se. Tenhamos coragem.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Resposta ao amor
terça-feira, 25 de maio de 2010
Rosas brancas e camomila
Naqueles dias, andava rodopiando pensamentos venosos.
Corria em seu sangue, delírios de guerra.
Austera, preocupada, frágil que nem pétala ao vento.
Alcançavam-lhe a mente,
tantos tilintares,
que zuniam seus ares, pelas terras roxas de sol.
Não queria creditar em idéia que não era sua.
Mas a outra, a invadia.
Achou de contar o tempo.
Tempo de vida.
Como se soubesse.
Como se, os números, pudessem traduzir sonhos.
Não, não podem.
Quis sair dali e vaguear... mas o carnaval já havia passado e, a semana, era santa.
Viu-se tão tordoada,
que bradou pedir socorro praqueles que iam ao longe,
seguindo aurora cotidiana.
Pobre. Ninguém a ouvia.
Pensou: já estou morta?
Foi quando, repente, indagando-se sobre o sentido da vida,
pelo avesso do avesso do avesso
resistiu.
E uma voz mansinha disse-lhe sem pressa:
Querida, faça um chá de rosas brancas e camomila.
sábado, 22 de maio de 2010
Segredo popular
Já dizia vovó, “nem tudo que reluz é ouro”.É como comprar gato por lebre, outros avisaram.Porém, curioso: onde ficou a rachadura?
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Alma-letra
Escrevo por necessidade.Necessidade de vivificar-me a letra.Pela letra contornoo mundo e os vazios(...) e os avessos.Não tem apelo poéticomais que rítmico.Necessidade musical.Alma-letraabsolutamente dispensávelpor isso mesmo necessária.
"REGIÃO DE RESPIRO"
Um fora se colocaem minhas dobras.Não há como pretender tudo.O escape disruptivolevanta poeiras e errâncias.Mas ainda é por onde respiro.Pelos poros.