terça-feira, 27 de abril de 2010

A cidade, o corpo e o carteiro

Carteiro mande entregar nas ruas
panfletos que incitem o corpo livre.
Subverta os endereços da cidade.
Espalhe a boa nova de um lugar de escritas viscerais.
Um lugar em que as casas percam seus muros;
em que os corpos sejam escritas dançantes.
Que a cidade campo se torne;
e que o campo produza cartas.
Vem carteiro:
podes vir a qualquer hora!
Na rua estaremos em ciranda
e podes entregar-nos Neruda.

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